segunda-feira, 7 de julho de 2008

MANIFESTO À NAÇÃO


Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil


A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.

A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.

Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.

É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.

É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas – especialistas, notáveis ou anônimos – se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.

A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.

Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!

FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
SINDIJOR-SE - Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sergipe
Demais Sindicatos de Jornalistas do Brasil

16 comentários:

Anônimo disse...

Beleza de manifesto Paulo, de fato a luta tem que ser de todos .



Paulo Novaes, empresário e publicitário

Anônimo disse...

Oi Paulo, bom dia!
É uma luta justa, imagine se médico, advogado, professor e outros não tivessem que estudar, pra que serviria frequentar os bancos da Universidade?


Claúdia Meireles, jornalista

Anônimo disse...

Acho que a campanha pelo diploma deve ser mais consistente, devemos todos nós jornalistas e admiradores do jornalismo ir ao Supremo e acompanhar a votação, lotar o Supremo e exigir respeito a nossa profissão.

Anônimo disse...

Eu acho que só é contra o diploma, quem é contra a qualidade da informação, quem é contra a ética no jornalismo, quem é contra o profissionalismo, e quer tornar esta profissão numa profissão desqualificada, todos precisam unir forças para não permitir que isso aconteça. Diploma e Conselho de Jornalismo sim. Paulo, olha te parabenizo por sempre está a frente na defesa do diploma de jornalista, parabéns mesmo pela sua luta em defesa da nossa profissão. Nós estudantes somos gratos a sua luta, que é a luta de todos nós.

Anônimo disse...

O jornalista tem que ter diploma sim, é uma questão de ética e de respeito a sociedade na ato do recebimento da informação com credibilidade e qualidade. O diploma é constitucional, mas os jornalistas precisam estar atentos, pois o Supremo é uma corte que vota também pela pressão política e dos empresários das grandes mídias.


João Augusto, advogado

Anônimo disse...

Esta luta realmente é de todos, jornalismo com ética e qualidade devem ser pré-requisitos para o jornalismo e qualquer outra profissão. Apoio esta luta dos jornalistas.



André Luiz, Aracaju

Anônimo disse...

Que coisa, a OAB defendendo a bebida, será que os integrantes da Ordem não temem perder um parente no trânsito, vítima de um motorista alcoolizado? Gostaria muito ver a OAB refletindo melhor este seu posicionamento. Ser contra a lei, pra mim, é ser contra a vida.


Lourival Mendes

Anônimo disse...

Que bom que a Fenaj esteja contactando os ministros para sensibilizá-los a votar pela constitucionalidade da matéria. Todos juntos nesta importante luta. Paulo, parabéns pela sua luta em defesa do diploma. É importante que todos os jornalistas abracem esta causa que é de todos.

Vânia Barreto, estudante

Anônimo disse...

Sou a favor do diploma, não por ser jornalista formada, apesar de não está atuando na área, mas defendo o diploma como requisito mínimo para uma profissão tão importante como a de jornalista.

Andréa Morães, jornalista do RN

Anônimo disse...

O diploma é questão de ética, organização, é fortalecimento e qualidade da nossa profissão. Vamos a luta.


Marcos Brito, relações públicas e jornalista

Anônimo disse...

O diploma de jornalista e a nova lei de imprensa são fundamentais para o bom jornalismo e para a democracia.



Marta Mendes

Anônimo disse...

As pessoas que estão contra o diploma são as que não tem nenhuma faculdade ou que tem mas que querem ser jornalista sem estudar. O conselho que eu dou a esse pessoal é que estude, quem estuda não perde nada, só tem a ganhar. Faça como fiz, já formado em letras, fui fazer jornalismo e hoje não me arrependo, pois tenho o meu reconhecimento social como jornalista formado.


André Luiz, Aracaju

Anônimo disse...

O diploma gente é uma questão de dignidade do jornalista, não é justo que ele passe 4 anos numa faculdade se preparando, se capacitando, para de uma hora pra outra qualquer pessoa trabalhar na área sem nenhuma bagagem. Sou a favor do diploma pra jornalista, assim como sou a favor para qualquer profissão, quanto mais qualificado o profissional, melhor para todos.


Manoel Messias

Anônimo disse...

Eu digo sim ao diploma pra jornalista por entender que o mundo globalizado exige qualificação, qualidade de conteúdo, profissionalismo.



Amadeus Júnior, estudante de Direito

Anônimo disse...

Esse julgamento será histórico na vida dos jornalistas, é preciso que todos se mobilizem e pressionem o Supremo a votar a favor da constitucionalidade do diploma, pois se não houver pressão, os grandes veículos que são contra o diploma vão sair vitoriosos, precisamos unir forças e batalhar para que o diploma seja referendado pelo STF. A luta é de todos nós.



Ana Rita de Almeida, estudante de Jornalismo

Anônimo disse...

DIPLOMA PARA QUE? CONHEÇO BONS JORNALISTAS QUE NÃO TEM DIPLOMA E OUTROS MEDÍOCRES E DIPLOMADOS. QUAL A DIFERENÇA? É A ÉTICA, MAS NÃO A DO DIPLOMA E SIM A DA PESSOA. SOU PUBLICITÁRIO E JORNALISTA E NÃO ACREDITO QUE O DIPLOMA FEZ DIFERENÇA PARA MIM. O QUE FEZ FOI O MEU CARÁTER E A MINHA PAIXÃO PELAS PROFISSÕES. ALIÁS, APRENDI MAIS NA PRÁTICA DO QUE NAS AULAS.