quarta-feira, 9 de abril de 2008

Procurador revela preocupação com o aumento da violência em Sergipe

O procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes revelou sua preocupação com o aumento dos casos de violência policial no Estado de Sergipe. O procurador disse que tem visto imagens de operações, especialmente da Polícia Militar, que preocupam a sociedade, a exemplo de revistas coletivas em passageiros de ônibus e outros constrangimentos.

Além de ocupar o cargo de procurador regional eleitoral, Paulo Fontes, também atua no Ministério Público Federal nos processos criminais da Justiça Federal em Sergipe.

Paulo Fontes avalia que no Brasil existe uma cultura de violência policial, que tende a ser reforçada em tempos de aumento da criminalidade. O procurador acredita que depois do filme “Tropa de Elite”, o discurso da violência policial passou a ser mais propalado e tolerado, até mesmo nos meios jurídicos.

Paulo Fontes disse que a mídia tem que ser mais crítica e mais bem preparada sobre o tema da violência. Ele disse que o bandido tem que ser preso, processado e cumprir pena, seja pobre ou rico, mas jamais ser executado.

O procurador orienta que as pessoas que forem vítimas de violência e arbítrio por parte de policiais, a procurar o Ministério Público Estadual ou Federal.

Opinião
Concordo em parte com o procurador. Em relação às abordagens policiais dentro dos ônibus, não vejo nada demais, até porque se trata de um trabalho preventivo, de identificação de supostos assaltantes, portanto, não vejo lá esses constrangimentos, desde quando a abordagem seja feita com educação, respeito e sem discriminação. Agora em relação ao filme “Tropa de Elite”, concordo plenamente com o procurador, este filme muito alimenta a criminalidade.

Cabe ao poder público, aos parlamentares criarem leis proibindo a exibição de todo e qualquer filme ou novela que insinua a violência. O problema é que o governo é frouxo e covarde na hora de agir contra esses abusos, na minha opinião pior do que alguns abusos cometidos por policiais. O abuso da mídia é contra milhares de pessoas, sejam elas crianças ou não, já o abuso policial é contra um ou dois cidadãos.

O que o Brasil precisa mesmo é de leis duras contra os abusos da mídia. A mídia se prevalece de uma tal "liberdade de expressão" para cometer abusos, desrespeitar as leis, promovendo a cultura do medo e da violência, num total desrespeito a Constituição Federal. A solução está nas mãos dos nossos ilustres parlamentares que pouco fazem em Brasília, a não ser tomar café, ler jornal e bater boca.

14 comentários:

Anônimo disse...

Já fui abordado duas vezes dentro do ônibus e não me sinto incomodado não, acho que só senti quem deve a polícia. Concordo contigo Paulo, a mídia abusa muito do seu poder. Precisa ser melhor monitorada mesmo.




Fábio Santana - músico

Anônimo disse...

Faço das palavras do Paulo as minhas também. O procurador tem que se preocupar não só com a polícia, mas com esses filmes e novelas que transmitem a violência sexual e tantas outras. O MPF precisa agir contra a mídia que manipula a sociedade e faz mau as nossas crianças.




Adalberto Júnior - estudante

Anônimo disse...

Certo o procurador, mas acho que o policial abordando todos de igual pra igual, não vejo nada demais, como disse bem o Paulo Souza, mas que esses abusos no geral tem que ser combatido tem, principalmente aqueles contra as nossas criancinhas que são indefesas, aí vai também um alerta a nossa mídia pra ser mais responsável no trato com as crianças e adolescentes.



Alexandra Meneses - professora de educação infantil.

Anônimo disse...

A opinião de todos é válida, e a Procuradoria deve se preocupar e se atentar mais sobre os abusos em todos os seus níveis.



João Farias

Anônimo disse...

Eu penso que esses problemas só acabam mesmo se leis mais duras, assim como bem destacou o Paulo Souza, forem criadas para fiscalizar esses abusos tanto da polícia como da mídia. O que a gente ver na TV é um absurdo, novelas insinuando a violência, sexo explícito, falta de respeito as famílias, as mulheres, e nada se faz para impedir isso. Por que não cassar essas concessões, já que as emissoras de Tv não estão respeitando a Constituição? Com a palavra o Ministério Público Federal que muito tem se preocupado com outras coisas não tão importantes, mas com esta que destrói as famílias, não. Ainda há tempo para o Ministério Público e os demais poderes constituintes entrarem em ação e pedir que a mídia respeite as famílias. O nosso país tá uma anarquia onde em nome da democracia nele se pode tudo.



Rafael Bispo de Almeida, teólogo e professor

Anônimo disse...

muito bom, acho que o nosso país precisa de leis mais amplas para amenizar a violência.




Júnior de Oliveira

Anônimo disse...

O Ministério Público sozinho não consegui muita coisa, é preciso mais autonomia para agir contra os programas de baixo nível da tv brasileira. A mídia faz o que quer, debocha do povo e ninguém faz nada, é preciso reagir antes que seja tarde. PARABÉNS PAULO SOUZA PELO ASSUNTO COMENTADO.




Leandro Lopes de Almida, professor de Biologia

Anônimo disse...

Correta a colocação, Paulo, o Ministério Público tem que ser mais eficaz em relação a outras formas de violência e constrangimento. As aberrações da mídia são absurdas, nada se faz para barrar estas ações discriminatórias. A mídia tem um papel muito importante para a sociedade, mas precisa ser monitorada para realizar o seu trabalho com ética e respeito ao próximo.



Mateus Felipe, assessor jurídico

Anônimo disse...

Quero parabenizar você, Paulo, mais uma vez pela sua opinião sensata, verdadeira e corajosa. Este é realmente o espaço onde podemos demonstrar nossa opinião e desabafar. Valeu.




Augusto Brito, autônomo

Anônimo disse...

A imprensa com algumas exceções tratou o caso "Pipita" com muito sensacionalismo, a exemplo mesmo do Cinform, que foi sensacionalista ao extremo, e o site do Gilmar Carvalho que também não perdeu tempo e se excedeu em minha opinião. Acho que o papel do jornalista é informar, mas com responsabilidade e dentro das normas jurídicas legais, todos eles desrespeitaram o Estatuto da Criança e do Adolescente. É preciso a imprensa ter equilíbrio e não fazer do Jornalismo um palanque político, como fez o Gilmar. Esse tipo de Jornalismo é lamentável. O procurador tá certo em exigir respeito e é preciso agir pra que a imprensa faça seu trabalho independente, mas com respeito as leis.



José Francisco dos Santos, professor

Anônimo disse...

Ótima abordagem, parabéns pelo comentário, só acho que a abordagm deve ser feita em todos, ricos e pobres.





Juliano Gosmão

Anônimo disse...

Eu acho que a violência que aí se encontra é fruto do pouco que o governo faz para combatê-la a partir da sua raíz. O governo faz muito pouco para combater a violência em Aracaju, Sergipe e no Brasil.



Jônata Lisboa, estudante

Anônimo disse...

A violência, meu caro Paulo Souza, só muda se as leis mudarem, enquanto a gente tiver leis que permitem a liberdade de criminosos, nunca que a gente vai ver reduzida a violência em nossa cidade. Valeu pela sua opinião.

Anônimo disse...

É lamentável que tudo isso ocorra e o povo não faz nada, né? Parece até que nada disso o incomoda.




Murilo Goes